Rapaz: vai lá fora à viela da Fome sem gritos
e traz-me, num rojo de chicote,
aquela mendiga de mãos de verdete
que todas as noites me estende o braço
longo como um caminho de suor...
É essa a mulher que eu desejo
para a carne do meu musgo.
Traz-ma!
E esse o vinho que eu anseio
para o pus do meu cio.
Traz-ma!
É esse o luar podre que eu sonho
para a semente do meu frémito.
Traz-ma!
Traz-ma para eu dançar com ela no meio do mundo
a cheirar a realidade.
Traz-ma!
Sim, traz-ma! Traz-ma! TRAZ-MA!
Já estou farto de sombras e sedas de melodia
e quero sair do espelho
com passos de terra.