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Por que bailes e que sequência se enegrece A hora que sem mãos no tear antigo tece O sonho que arrefece? Porquê, se o sudário, estala a angústia que temos, Fica com os olhos na sombra dos remos... E a sombra dos remos, tornada Cousa, fenece, Para além de ser a aresta negra da sombra dos remos Na água que anoitece... Quem, Alma, me envolvesse!
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1913
In Poesia 1902-1917
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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