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Lá fora onde árvores são O que se mexe a parar Não vejo nada senão, Depois das árvores, o mar. É azul intensamente, Salpicado de luzir, E tem na onda indolente Um suspirar de dormir. Mas nem durmo eu nem o mar, A ambos nós, no dia brando, Uma alheia força impele E ele sossega a avançar E eu não penso e estou pensando.
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1932
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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