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Vou pela estrada, sozinha. Não me acompanha ninguém. - Num atalho, em voz mansinha: "Como está ele? Está bem?"
É a toutinegra curiosa; Há em mim um doce enleio... Nisto pergunta uma rosa: "Então ele? Inda não veio?"
Sinto-me triste, doente... E nem me deixam esquecê-lo!... Nisto o sol impertinente: "Sou um fio do seu cabelo..."
Ainda bem. É noitinha. Enfim já posso pensar! Ai, já me deixam sozinha! De repente, oiço o luar:
"Que imensa mágoa me invade, Que dor o meu peito sente! Tenho uma enorme saudade! De ver o teu doce ausente!"
Volto a casa. Que tristeza! Inda é maior minha dor... Vem depressa. A natureza Só fala de ti, amor!
In O Livro D'ele
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