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Fria é a vida. O amor ‘stá longe, o amor ‘stá longe. Aqui onde só a secura surge Da areia, da areia O amor stá longe Ligeiro e lento vem Sem cor, nem dor, a ferir, a ferir Ligeiro ou lento vem Sob o cair do falar que sussurra Do céu, sob o céu Ligeiro, Ligeiro, Ligeiro, Ligeiro ou lento, Vem, Ligeiro ou lento vem, pelo além vem Ligeiro, lento, ligeiro, lento... Ligeiro Ou lento Vem... Ligeiro ou lento vem.
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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