Eu me aparto de vós, Ninfas do Tejo,
quando menos temia esta partida;
e, se minha alma vai entristecida,
nos olhos o vereis com que vos vejo.
Pequenas esperanças, mal sobejo,
vontade, que a Razão leva vencida,
asinha darão fim à triste vida,
se vos não torno a ver como desejo.
Nunca a noite, entretanto, nunca o dia
verá de mi partir vossa lembrança;
Amor, que vai comigo, o certifica.
Por mais que na tornada haja tardança,
sempre me farão triste companhia
saudades do bem que em vós me fica.