|
Ponho palavras mortas no papel, Tal os selos lambidos doutras línguas Ou insectos varados de surpresa Pelo rigor impessoal dos alfinetes.
De palavras assim arrematadas Encho palcos de pasmo e de bocejo: Entre as portas me mostro, agaloado, A passar flores secas por bilhetes.
Quem pudera saber de que maneira As palavras são rosas na roseira.
In Os Poemas Possíveis
|