A lama chorada da memória do teu rosto Descansa no musgo morto das minhas mãos E olho pelo vidro sujo da camionete As oliveiras envelhecidas de Outono E sem direito sequer ao Outono Na injustiça da Primavera roubada no sangue Descanso minhas mãos Sobre os joelhos Unidos Solitários Ossos de Inverno.
In Voz Nua
, Livros Horizonte, 1986
|