|
Esta chuva que cai e cerra o horizonte, Que fecha e oculta o que talvez amasse — O que poderia amar perdidamente, O que poderia ver e humanamente amar!... Esta chuva que continuamente cai, Quanta doçura nela encontro, Quantos iluminados gestos sem saber, Quanto mistério, cor, descanso e aroma, Quanta presença frente à limpidez que se admira, Frente à mulher que em nosso peito prepara uma límpida festa E nos convida a mar com os olhos rasos de água!
In O Livro do Nómada meu Amigo
|