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Desfaze a mala feita p’ra a partida ! Chegaste a ousar a mala ? Que importa? Desesperar ante a ida Pois tudo a ti iguala. Sempre serás o sonho de ti mesmo. Vives tentando ser, Papel rasgado de um intento, a esmo Atirado ao descrer. Como as correias cingem Tudo o que vais levar! Mas é só a mala e não a vida na mala [?] Que há-de sempre ficar !
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1931
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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