Povoas este espaço em que procuro
os antigos sinais, o branco onde
te escondias. É de uma pré-história
que preciso, arquitectura
que revele a luz, quadro
para um ritmo alterado,
tangível. Pequenas coisas — mundo —
um sentimento já maduro — leque
que liberta as figuras, as inscreve. Desejo
gravar-te neste espaço de assombro,
ávido de ti, insubstituível. Possuo
o teu desejo, quero
na aluvião das terras da memória,
encontrar-me carícia breve, limiar
de uma respiração
no teu passado, anulação do tempo.