Ó triste malfadada Academia!
O vate Elmano em sátiras se espraia;
Fervem correios ao loquaz Talaia,
Que a todos teu descrédito anuncia:
Apolo exulta, o povo te assobia;
A glória tua em convulsões desmaia;
Ah!, primeiro que a pobre em terra caia,
Corte-se o voo da fatal porfia:
Ao satírico audaz põe duro freio,
Pune o declamador, que te flagela;
Dá-lhe assento outra vez no magro seio:
Bem como a quem profana uma donzela,
Que em pena do afrontoso estupro feio
Fazem providas leis casar com ela.