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Como o ontem é há muito! O passado É do hoje o longe infinito e certo, E coisas idas, de nós longe ou perto, Mescla irreparável no longe igualado Como o há-de ser, sempre infindamente Fora do lugar onde será Agora Qual onda que, longe, no rio aflora Para nos chegar em onda diferente! Assim o Tempo, nada sendo, é, Tirando igual de diferentes fados, Que não é comprado por sóis partidos Ou enganado em datas de má fé. Assim o Tempo: à morte arrastados Apenas de medo e dele convencidos.
In POESIA INGLESA II
, Assírio & Alvim , edição e tradução de Luisa Freire, 2000
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