Abismo de ser muitos! Noite minha!
Encruzilhada do meu vasto ser!
Quem quero que seja eu? Quem, no entrever
Do que fui, treva anónima e mesquinha?
Como o último ‘standarte da rainha
Com quem o império findo se perdeu,
Descem dos astros mudos do atro céu,
Poeira, as razões de quanto fui ou tinha.
Nos rumores da treva do que foi
Recuam na derrota a murmurar
As hostes sem □ e sem herói
Do meu destino feito a ignorar,
E, como à última rainha, dói
No meu peito um segredo por achar.
□ Espaço em branco deixado pelo autor