Constrói para mim um lar
Num bosque, casa simples, sossegada
Como em sono o respirar,
Onde toda a vontade acomodada
E pequenos prazeres possam morar.
Dá-me um palácio, a seguir,
Com salas e luzes em profusão,
Para que eu possa sentir
Que o desejo duma casa em escuridão
Se foi, para voltar por cumprir.
Cava depois uma cova,
Para que o que nas casas não pude ter
Aí o tenha de sobra;
Para que o cansaço de todo o viver
Cesse, como a vaga que soçobra.