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Fogem agora, os olhos; fogem da luz latindo. Estão doentes, ou velhos, coitados, defendem-se do que mais amam. Tenho tanto que lhes agradecer: as nuvens, as areias, as gaivotas, a cor pueril dos pêssegos, o peito espreitando entre o linho da camisa, a friorenta claridade de Abril, o silêncio branco sem costura, as pequenas maçãs verdes de Cézanne, o mar.
In Os Lugares do Lume
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