(Acabou o tempo da Revolução dos Poetas.
Não me digam que vamos construir uma
República de Medíocres — sem o tamanho
grandioso que deveria ter. Merda!)
Fraternidade
de débeis sentimentos inexactos,
cada qual com a sua verdade,
que só a imaginamos
para destruir
o sonho injusto dos factos.
Mas não me digam que vai continuar a desistência,
este eterno sempre da repetição da mesma coisa,
este terror medíocre de sentirmos debaixo dos pés
a impossível Ponte
que nunca poisa
nem poisará
em nenhum horizonte.