|
Redemoinho, redemoinho De ao pé do moinho, Água andando à roda, e dando Um vago e brando Marulho de regresso ou mágoa. Nessa enrolada Absurda água, Quero pôr o meu coração, Para que o veja Levado à roda inutilmente, Levado sem para onde ir... Assim seu sentimento vão Tem o que seja Sua expressão; Assim a minha vida insciente Terá o sentido de existir.
16
-
2
-
1920
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
|