Ah quantas máscaras e submáscaras
Usamos sobra a alma! E quando, a gosto,
A alma tira a última das máscaras,
Será que ela conhece o simples rosto?
A vera máscara não está por trás
Mas espreita por ela conivente.
O hábito aceite, sonolento faz
Tudo o que começa consciente.
Como a criança teme a própria face,
A nossa alma, criança também,
Julga ser de outro o rosto em seu disfarce
E um mundo lhe vem de se enganar;
E até o pensar uma máscara tem
Quando quer a alma desmascarar.