A névoa sobe à tona irreal da Hora,
Desfolha, cousa a cousa, a Nitidez...
Alheia a mim, em mim minha alma chora
Saudosa de uma ausente eterna aurora,
E sente-se penumbra e fluidez.
Eu que(m) sou? Névoa que não se torna
Realidade à sua própria dor...
Olho minha alma... Nada a contorna,
E sobre a mim a Tarde mais entorna
Seu diluído sonho exterior...
Pesa-me nos ombros todo o meu passado;
Sou o que fui sentindo-se o que sou...
espaço deixado em branco pelo autor.