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Ladram uns cães a distância Cai uma tarde qualquer, Do campo vem a fragrância De campo, e eu deixo de ver. Meu sonho meio sonhado, Em que o campo transparece, Está em mim, está a meu lado, Ora me lembra ou me esquece, E assim neste ócio profundo Sem males vistos ou bens, Sinto que todo este mundo É um largo onde ladram cães.
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1932
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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