Todos nós temos uma ponte que passar...
Reparamos às vezes que já a passámos.
Aparta com as mãos levemente os ramos
E sorri para mim, com o ver-me no olhar...
Se nós nos inquietássemos muito, estaria
Sempre a meio da ponte a pobre vida que temos...
Do barco amarrado ao cais levaram os remos
Senão a nossa dupla inconfidência embarcaria...
Mas não vale a pena, nem merece elogio, o tédio...
Embalamo-nos um ao outro, como se valesse...
E a vida vive-se com que ter que tomar um remédio.