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Quando, viajante, passares diante Do mar, Pergunta, passando, pergunta, viandante, Se há achar;
Se há alguma eperança em alguma cousa, Ele que tem Uma voz incerta, uma voz ansiosa, Inquieto vai-vem,
Decerto conhece quem ‘spera e não logra, Quem sonha e conhece A esperança que a própria esperança malogra, O amor que se esquece.
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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