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Mãe de escravos e loucos, manténs retida A escrava humanidade a férreo grilhão Ao teu jugo cega, em sua escravidão Corrupta e fria, na dor endurecida,
Mas cobarde, seguindo como antanho Velhos moldes, cruel, fraca, insensata, Sempre presa ao laço animal que ata Ave, peixe e besta em bando ou rebanho.
A luz já veio de muito nome estimado, E muitas terras lhe deram guarida, Mas o humano coração sempre cansado —
Relutante em sacudir a maldição, Dor que se infligiu e a vergonha antiga Que carrega o gasto mundo em escuridão.
1905
In Poesia
, Assírio & Alvim , edição e tradução de Luisa Freire, 1999
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