Supõe que morres amanhã.
Que olhar hoje, na despedida,
Darás a esta cousa,
Subitamente, que é a vida?
Terás um súbito desejo
De ter o mundo todo a encher,
Feroz do limitado ensejo,
O momento último de ver.
Pois isso faze: assim, raivoso
De toda a ampla glória vã
Do mundo embriaga o olhar nervoso.
Morres deveras amanhã.