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Todos sofremos. O mesmo ferro oculto Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta. O mesmo sal nos queima os olhos vivos. Em todos dorme A humanidade que nos foi imposta. Onde nos encontramos, divergimos. É por sermos iguais que nos esquecemos Que foi do mesmo sangue, Que foi do mesmo ventre que surgimos.
In Obra Poética
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