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Quando eu morrer e tu fores, Ó prado, o que já não sei, Haverá prados melhores Para o melhor que eu serei. E as flores que aqui são belas Nos campos que vejo aqui, Com cores serão estrelas Nos vastos campos de ali. E talvez meu coração Vendo essa outra natureza Mais natural que a visão Que agora nos mentiu certeza,Possa, como ave que pousa Por fim num ramo, sentir Como era nenhuma cousa Esta cousa de existir.
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1934
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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