É noite e os pensamentos que eu não quero
Visitam-me o princípio de sonhar.
A loucura que aguardo e que não espero
Começa no meu cérebro a falar.
Mistura-se-me tudo na consciência
E eu sinto que por baixo existo eu.
Quero mexer mãos de incoexistência
E afastar do meu corpo aquele véu.
Mas as imagens como acontecimentos
Percorrem-me como se eu fosse um largo
Coexistem impossíveis pensamentos
No meu cérebro vão que □
E na noite em que quero dormir passa
Tudo menos o sono no sono-erro;
Como um riso na casa da desgraça
Ou um palhaço num séquito de enterro.