Seja o mar um lago
E a terra mal perto,
Com um vento vago
Sob o céu aberto.
Mas nunca cheguemos
A essa terra; longe
Mas sempre fiquemos,
Marinheiro-monge!
De que serve a vida
Se ela nos não for
Sempre indefinida
Como o gozo e a dor?
Rema pois p’ra longe
Quero a solidão
Marinheiro-monge
Dói-me o coração.