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Não digas nada! Não, nem a verdade! Há tanta suavidade Em nada se dizer E tudo se entender — Tudo metade De sentir e de ser... Não digas nada! Deixa esquecer Talvez que amanhã Em outra paisagem Digas que foi vã Toda essa viagem Até onde quis Ver quem me agrada... Mas ali fui feliz Não digas nada.
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1934
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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