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Não: toda a palavra é a mais. Sossega! Deixa, da tua voz, só o silêncio anterior! Como um mar vago a uma praia deserta, chega Ao meu coração a dor.
Que dor? Não sei. Quem sabe saber o que sente? Nem um gesto. Sobreviva apenas ao que tem que morrer O luar, e a hora, e o vago perfume indolente E as palavras por dizer.
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1918
In Poesia 1918-1930
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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