Chamou uma voz do monte;
Não sei se chamou por mim.
Sei que está ali defronte
E chama sem nenhum fim.
Porque é que só eu a ouço
E sinto na alma que fala
A qualquer cousa que posso
E o meu poder não iguala?
De além de espaços etéreos
Se me estende o coração,
Vinda através dos mistérios,
Aquela invisível mão
Que ergueu o Mestre sepulto
E o converteu no seu ser.
Mas esse prodígio oculto
Ainda em mim é só morrer.