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Eis-me em mim absorto Sem o conhecer... Bóio no mar morto Do meu próprio ser.
Sinto-me pesar No meu sentir-me água... Eis-me a balancear Minha vida-mágoa...
Barco sem ter velas... De quilha virada... O céu com Estrelas É frio como espada.
E eu sou vento e Céu... Sou o barco e o mar... Sei que não sou eu... Quero-o ignorar...
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1913
In Poesia 1902-1917
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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