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Toda a terra que pisas, eu q'ria, ajoelhada, Beijar terna e humilde em lânguido fervor; Q'ria poisar fervente a boca apaixonada Em cada passo teu, ó meu bendito amor!
De cada beijo meu, havia de nascer Uma sangrenta flor! Ébria de luz, ardente! No colo purpurino havia de trazer Desfeito no perfume o mist'rioso Oriente!
Q'ria depois colher essas flores reais, Essas flores de sonho, estranhas, sensuais, E lançar-tas aos pés em perfumados molhos.
Bem paga ficaria, ó meu cruel amante! Se, sobre elas, eu visse apenas um instante Cair como um orvalho os teus divinos olhos!
In O Livro D'ele
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