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Horas profundas, lentas e caladas Feitas de beijos rubros e ardentes, De noites de volúpia, noites quentes Onde há risos de virgens desmaiadas...
Oiço olaias em flor às gargalhadas... Tombam astros em fogo, astros dementes, E do luar os beijos languescentes São pedaços de prata p'las estradas...
Os meus lábios são brancos como lagos... Os meus braços são leves como afagos, Vestiu-os o luar de sedas puras...
Sou chama e neve e branca e mist'riosa... E sou, talvez, na noite voluptuosa, Ó meu Poeta, o beijo que procuras!
In Livro de Soror Saudade
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