Qual é aquela canção
Que, em vontade do que sinto,
Procuro, e procuro em vão?
Sempre que a escrevo, me minto.
Era melhor não pensar,
Porque assim a cantaria:
Era uma canção a dar
A quem a procuraria.
Hálito breve e desnudo
De uma intenção de dizer.
Falado, calava tudo.
Dito, ficava a esquecer.