Eu só tenho o que não quero
E a vida é pouco p’ra mim…
Não sei por que coisa espero
Nem se a quererei enfim…
Conto as horas como moedas
Que nunca penso em gastar…
E como quem rasga sedas
Não uso o que quero usar.
Quem me dera poder ter
Alguma cousa na vida
Que chorar ou que querer…
Ó pobre à porta da ermida…