Na noite casa fria Foi tão verde A luz de ver-te Sorrir-te Vermo-nos e sorrirmo-nos Brancos parados Olhando-se Aves imóveis Espaço deslumbrado Brancos ambos parados Amando-se e nunca Nos sanaremos Nós o sabemos Nós dois serenos Sorrindo Amados amantes Seremos E para nos amar Nascemos E para nos amar Morremos Verde espanto Verde pranto Verde canto Tanto nos amamos Tanto não sanaremos Tanto nos perdemos
In Voz Nua
, Livros Horizonte, 1986
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