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Onde quer que o arado o seu traço consiga E onde a fonte, correndo, com a sua água siga O caminho que, justo, as calhas lhe darão, Aí, porque há a paz, está o meu coração. Bem sei que o som do mar vem de além dos outeiros E que do seu bom som os ímpetos primeiros Toldam de ser diverso o natural da hora, Quando o campo a não ouve e a solidão a ignora. Mas qualquer cousa falsa e vera se insinua Nas árvores que são vestígios sob a lua.
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1934
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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