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Ermo sob o ermo céu Esse mesmo ermo céu Fita-o deste ermo lago... Há árvores à roda... Há um inquieto e vago Desassossego em toda A paisagem à roda...
Eu não sei porque existo... Vou à beira do lago E fito o meu rosto vago Na água onde o olhar atristo... Não sei quem é que existo... Sorrio, um triste e vago Sorrir só para o lago...
Pesa-me a alma que visto.. . (Tudo isto é o céu e o lago Mas eles não são isto)
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1914
In Poesia 1902-1917
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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