Em círculos concêntricos vivemos,
Nenhum cruzado céu nos volve a vida
Que sonhamos, que somos ou que temos.
Do antro irreal em círculo partida
Em raios desiguais de nada extremos.
O olhar não se vê. O ouvido, que se cola
Às portas para nada, se engalana
De um falso som que só de si dimana.
Nada há que do nada nos consola.
Fingimos a alma, solidão perdida.