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Não pares essa música isolada Que, como brisa, por mim vem passar Perdida na calma do anoitecer, Melodia só a meio escutada Tal como o som do imenso mar Que, no movimento, encontra prazer.
Pois em teu ritmo suave e repetido, Tu, nessa canção em metro desigual, Em mim acordas a espiritualidade, Num alargar e morrer do sentido Que aparece à consciência natural, Como para o Tempo a Eternidade.
1905
In Poesia
, Assírio & Alvim , edição e tradução de Luisa Freire, 1999
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