Há quanto tempo eu não passava aqui
Por esta rua, há dez anos talvez!
Aqui morei, contudo, aqui vivi
Um tempo — uns dois anos ou três.
A rua é a mesma, o novo é quasi nada
Mas ela, se me visse, e o dissesse,
Diria, É o mesmo, e eu ‘stou tão mudada!
Assim a alma lembra e esquece.
Passamos pelas ruas e por gente,
Passamos por nós mesmos, e acabamos;
Depois na ardósia, a Mão Inteligente
Apaga o símbolo, e recomeçamos.