Às vezes oiço morrer o silêncio –
é o mar que se afasta,
um ramo que partiu com
o insuportável peso
do mundo sobre o verde das suas
folhas, o silvo da lua
nova rasgando o chão das águas
estremunhadas, a rouca
respiração da casa
sufocada pelo glacial
ar das ruas, os passos de Abril
descendo os últimos degraus.