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Cheguei à janela, Porque ouvi cantar. É um cego e a guitarra Que estão a chorar. Ambos fazem pena, São uma coisa só Que anda pelo mundo A fazer ter dó. Eu também sou um cego Cantando na estrada, A estrada é maior E ninguém dá nada.
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1931
In Poesia 1931-1935 e não datada
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006
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