Há nisto um sentido insone, um habitante silencioso
caminhando à frente dos nossos passos,
dormindo na cama a nosso lado,
comemos a sua comida, as nossas próprias palavras não nos pertencem;
uma casa dentro de uma casa,
uma coisa viva e palpável como a morada de um cego
tocando-nos levemente com receio de acordar-nos.
Um dia será ele quem nos dará a mão
e nos conduzirá por passagens interiores
para dentro de casa,
onde há tanto tempo cansadamente esperamos.