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Eu q’ria ser o Mar ingente e forte O mar enorme, a vastidão imensa... Eu q’ria ser a árvore que não pensa, Que ri do mundo vão e até a morte...
Eu q’ria ser o Sol, o irmão do Mar O bem do que é humilde e pobrezinho... Eu q’ria ser a pedra no caminho Que não sofre a tortura do pensar...
Mas o Mar também chora de tristeza... E a árv’re também, como quem reza, Levanta aos céus os braços como um crente!
E o Sol cheio de mágoa ao fim de um dia, Tem lágrimas de sangue na agonia, E as pedras, essas, pisa-as toda a gente...
In Livro de Mágoas
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