|
Quero, da vida, só não conhecê-la. Bastam, a quem o Fado pôs na vida, As formas sucessórias Da vida insubsistente. Pouco serve pensar que são eternos Os nossos nadas com que na alma amamos Os outros pobres nadas Que □ Gratos aos deuses, menos pla incerta Posse do Sonhado certo, recolhamos A mercê passageira De instantes que não duram.
In Poesia
, Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, 2000
|