Vou com um passo como de ir parar
Pela rua vazia
Nem sinto como um mal ou mal-estar
A vaga chuva fria...
Vou pela noite da indistinta rua
Alheio a andar e a ser
E a chuva alheia em minha face mia
Orvalha de esquecer...
Sim, tudo esqueço. Pela noite sou
Noite também
E vagaroso e □ vou,
Fantasma de ninguém.
No vácuo que se forma de eu ser eu
E da noite ser triste,
Meu ser existe sem que seja meu
E anónimo persiste...
Qual é o instinto que fica esquecido
Entre o passeio e a rua?
Vou sob a chuva, anónimo e diluído,
E tenho a face nua.