Não sei de onde vem esta bruma,
se dos meus olhos, se
do rio. Um sol frouxo, próprio
das manhãs de domingo, escurecia
o vermelho, o amarelo das casas.
Dentro de mim, a musical
floração das cerejeiras havia começado.
Noutro lugar, noutro dia.
De repente, um pássaro inesperado
começou a cantar num ramo
que não havia, sobe a prumo no céu
onde a manhã total principia.